“Primeiro-ministro abriu uma crise política, rompeu todas as pontes, recusou todas as propostas”

No encerramento do debate do OE2022, Catarina Martins afirmou que a proposta do Governo não “ trava a deterioração do SNS nem a perda de poder de compra para a generalidade dos salários e pensões”.

“O valor líquido do aumento proposto aos funcionários públicos - 128 milhões de euros - é pouco superior ao imposto de selo que a EDP deixou de pagar pela venda da concessão de seis barragens em dezembro de 2020”, denunciou Catarina Martins.

“Dizer que o Bloco é intransigente é tão inútil e pouco credível como dizer que os profissionais do SNS estão a atacar o governo quando alertam para a situação insustentável em que se encontram”, afirmou a coordenadora do Bloco, criticando o governo por não ter conseguido justificar a rejeição das propostas do Bloco.

Catarina Martins explicou que “se o governo tivesse aceitado a proposta de Arnaut e Semedo para a exclusividade das profissões da saúde, tivesse concretizado que o próprio PS já defendeu para as pensões antecipadas ou para as indemnizações por despedimento, teria o acordo do Bloco”.

“Preferiu abrir uma crise política, rompeu todas as pontes, recusou todas as propostas”, afirmou Catarina Martins, reforçando que o Bloco lutará por uma maioria para uma saúde digna para toda a gente, por uma democracia que protege a segurança social, por salários e empregos sem precariedade.