“Nenhum programa de recuperação será efetivo se não recuperar salários e pensões, nenhuma economia é forte sem respeitar quem trabalha”

No debate do Orçamento do Estado, Catarina Martins afirmou que “ a crescente intransigência nas negociações tem apenas um objetivo: proteger as regras da troika que condenam o nosso país a baixos salários e pensões”, acrescentando que “ a direita pôs as regras na lei, o PS quer torná-las facto consumado e consolidá-las”.

“Os salários e as pensões cada vez mais curtos, e o desespero que assim alastra, são o maior perigo que enfrentamos, o maior problema deste Orçamento é que nada faz para travar este desalento”, alertou a coordenadora do Bloco.

Catarina Martins relembrou que “há um ano, quando votámos contra o orçamento, avisámos que o futuro passaria necessariamente pelo trabalho e pelo Serviço Nacional de Saúde - o governo ignorou-nos”, confrontando com as demissões em bloco nos hospitais e com a falta de profissionais no SNS.

“Se amanhã não tiver um orçamento aprovado é porque não quer. Uma a uma, o primeiro-ministro rejeitou - sem explicar ao país porquê - todas as nove medidas que o Bloco de Esquerda apresentou. Pela nossa parte, honramos o nosso mandato e assumimos a nossa responsabilidade”.