3 de novembro 2020 No debate quinzenal com António Costa, Catarina Martins, face aos surtos da Covid-19 na região de Lisboa, alertou para a urgência de atuar sobre três eixos fundamentais: condições no trabalho, no transporte e salubridade das habitações. Sobre as medidas de apoios às empresas e ao emprego, a coordenadora do Bloco afirmou que qualquer medida implementada deve ter dois critérios - “pagar os salários a 100% e salvaguardar a Segurança Social” – apresentando as duas propostas do Bloco para a sustentabilidade da Segurança Social e para o aumento do valor mínimo de salário garantido aos trabalhadores em lay-off. “A resposta à crise tem de defender o emprego e os rendimentos do trabalho e não pode deixar ninguém para trás”, afirmou Catarina Martins, relembrando que há ainda muitos trabalhadores que ficaram sem qualquer tipo de rendimento e não têm acesso ao subsídio de desemprego nem a qualquer apoio. “O governo já sinalizou a necessidade de responder a estes casos. Mas a proposta conhecida exclui muitos trabalhadores e tem valores tão baixos que nada resolvem”, explicou a coordenadora do Bloco, propondo que o apoio disponível não seja inferior ao valor do Indexante de Apoio Social e que abranja todos os que ficaram de fora das últimas medidas do governo. Catarina Martins questionou ainda o primeiro-ministro sobre os trabalhadores da Casa da Música, “uma instituição paga por dinheiros públicos, com administradores nomeados pelo Estado”, que deixou trabalhadores sem rendimentos durante a crise e que agora despediu trabalhadores que se manifestaram pelos seus direitos. Partilhar